SOU A BRUXA JADE FÊNIX

Uma bruxa de muito conhecimento, onde firmo meu respeito a todos os mestres da MAGIA.

Os segredos das BRUXAS estão dentro delas mesmas, e os registros dessa sabedoria estão nos Grimórios e Pergaminhos...

Mas entre...Vasculhe...Se gostar volte sempre!



BRUXA JADE FÊNIX

segunda-feira, 23 de maio de 2011

TEMPLO DE ÁRTEMIS
“Eu coloquei meus olhos nas muralhas da Babilônia, onde há uma estrada para carruagens e na estátua de Zeus, obra de Alpheus, nos jardins suspensos da Babilônia, no colosso do Sol , no extraordinário trabalho das elevadas pirâmides e no enorme túmulo de Mausolus, mas, quando vi a casa de Ártemis, que sobe em direção às nuvens, aquelas outras maravilhas perderam o seu brilho e eu disse :”Lo, a não ser o monte Olimpo, o Sol nunca viu algo tão bonito!’. “ (Antipater, Antologia Grega, LX.58)
Breve Histórico
Somente as ruínas do Templo de Ártemis chegaram aos nossos dias e toda a descrição que possuímos dessa obra vem de historiadores dos tempos antigos. Ártemis, deidade grega (como a Diana dos romanos, irmã de Apolo), era relacionada à natureza, e quem protegia os bosques e a caça.
O templo foi construído pelo arquiteto Chersiphron na cidade de Éfeso, na antiga Lídia, que ficava no extremo oeste da parte ocidental de Anatólia, na atual Turquia, entre o mar Mediterrâneo e o mar Egeu, à margem esquerda do rio Caístro, perto de onde ele desemboca nesse último. A Lídia fazia fronteira a oeste com as colônias jônicas gregas, mantendo com essa cultura grande intercâmbio, havendo certa ocasião em que invadiu as suas cidades, e ali manteve domínio, mas, mesmo assim, permaneceu o intercâmbio cultural e a admiração mútua. Entre os séculos VIII a.C. e I a.C., Período Arcaico da história grega, Éfeso era uma das quatro cidades mais importantes do Mar Egeu e do Mediterrâneo, e manteve essa posição mesmo depois da conquista da Lídia pelos romanos, até o primeiro século depois de Cristo. É uma cidade histórica para os cristãos, pois ali Paulo pregou o Evangelho e criou uma comunidade cristã muito próspera.
Heráclito, célebre escritor da antiguidade helênica, que nasceu provavelmente no século III a. C. na Cidade de Éfeso , em certa altura de sua vida cedeu as prerrogativas de príncipe ao irmão mais novo e se tornou misantropo. Asilou-se no templo de Ártemis, onde, em solidão, velho e sem conforto, escreveu suas idéias e deixou os pergaminhos depositados ali, tendo sido encontrados vários deles ainda legíveis.
Sobre o Templo de Ártemis
Embora as fundações do templo datem do século VII a. C., a estrutura que ganhou um destaque na lista das Sete Maravilhas do Mundo Antigo foi construída em cerca de 550 a. C.. O Templo servia tanto de um grande mercado quanto de uma instituição religiosa. Por anos o santuário foi visitado por mercadores, turistas, artistas e reis, que pagavam homenagens à deusa, dividindo seus lucros com ela. Recentes escavações arqueológicas no sítio revelaram presentes ofertados por peregrinos, inclusive estatuetas de Ártemis feitas de ouro e marfim, colares, braceletes e brincos, além de artefatos procedentes da Pérsia e da Índia.
Construção : Plínio, o Velho, escritor romano do século I d.C., em um dos seus escritos declarou que esse templo demorou 200 anos para ser construído, o que , de início, não foi levado a sério. Essa afirmação foi comprovada pelas pesquisas arqueológicas do século XIX, quando se descobriu que ele havia sido erigido sobre fundações de outro antigo templo (talvez dedicado à deusa Cibele), foi destruído e reconstruído pelo menos duas vezes até atingir sua mais grandiosa aparência e finalmente destruído completamente no século V d.C.. No século V a. C., a primeira reconstrução, em que foi erguido o templo sobre fundações de outro, é a Maravilha de que se tem notícia e a tradição informa que o rei lídio Creso empregou enorme fortuna para essa finalidade. Em 21 de julho de 356 a.C. , no mesmo dia em que nasceu Alexandre, “O Grande”, o templo foi incendiado. Anos mais tarde o próprio Alexandre ajudou a reconstruí-lo. Em 262 a.C. foi novamente destruído, desta feita pelos godos, quando invadiram a região. Novamente reconstruído, sofreu com vários terremotos, algumas perdas em sua forma arquitetônica. E, finalmente, foi totalmente destruído por fundamentalistas cristãos instigados por São João Crisóstomo em 401 d. C.. Descrição da obra : Ela nos chegou através dos relatos de vários arquitetos e cronistas e escritores da antiguidade que nos deixaram até desenhos detalhados do seu interior.
O templo era todo em mármore, com exceção da cobertura e possuía aproximadamente 90 m de altura (altura da estátua da Liberdade de Nova York, nos Estados Unidos da América). O seu desenho era retangular, de 80m x 130m. Escadarias de mármore conduziam o visitante para o seu interior. Possuía cerca de 127 colunas (algumas pessoas dizem 117, outras 128), em estilo jônico, com altura estimada entre 12m e 20m, sendo aproximadamente 36 delas decoradas com relevos. Eram colocadas em linha dupla em volta da nau onde se situava a estátua da deusa. A estátua da deusa Ártemis (ou Diana, para os romanos), era toda esculpida em ébano, ouro, prata e pedra preta. Tinha as pernas e os quadris cobertos por uma saia comprida decorada com relevos de animais. O interior do templo foi decorado com magníficas obras de arte: inúmeras estátuas dos mais famosos artistas da antiguidade - Pheidias, Polycleitus, Kresilas e Phadmon e Praxíteles, além de muitas pinturas. No século XIX os escavadores descobriram as fundações e recuperaram algumas colunas. Somente alguns detalhes da decoração original são conhecidos. Alguns objetos de ouro e marfim e estátuas procedentes de lá se encontram atualmente no Museu Britânico, em Londres, na Grã-Bretanha.
 
 
## MATERIAL PARAESTUDO
 
 
ESTUDAR...ESTUDAR...ESTUDAR...
 
&*& LIVRO DAS SOMBRAS DA BRUXA JADE FÊNIX
 

Um beijo da Bruxa Jade Fênix



 

O Templo Interno – Ying – Yang

Equilíbrio e os Demônios

Os Demónios habitam em nós
O Templo Interno, o lugar onde habitam os demônios, os nossos demónios, a sombra de nossa Outra Parte, assim como nós habitamos no interior do Templo de nossa Outra Parte, e somos Nela a Luz em sua escuridão.

É o Poder revelado do Ying e do Yang: Ying - Yang
Uma Luz na escuridão (Yang)
Uma sombra na Luz (Ying)

Mas é preciso redescobrir o Templo para poder ir lá, e aceitar e assimilar a nossa pequena porção Sombra, para que a nossa Outra Parte não nos destrua quando a reencontrarmos, pois identificará em nós a pequena parte Luz que Ela carrega.
O equilíbrio entre nós e nossa Outra Parte
Prestar serviço nesse Templo é completar a nossa “Maestria”, é cultuar a nós mesmos, é reverenciar a nossa Outra Parte que jás adormecida no Seio da Grande Mãe “vivo, porém latente, esperando, esperando sem Ser”.
Adormecida em nós, esperando ser chamada para Ser, esperando ser Nomeada.
Esse Nome deve nascer de nossas entranhas, do mais profundo de nosso Ser, da lembrança e da recordação do tempo em que fomos Um só, Um com nossa Outra Parte.
Nós somos, -por analogia- os demónios do Criador, e assim com ansiamos nos tornar Um com Ele, assim nossa Outra Parte anseia tornar-se Um com nós outra vez.
A Luz da Consciência
A Luz da consciência, com-conhecimento, é a parte feminina que conforma nosso Self, independentemente de sermos homens ou mulheres; e é ela quem tem a chave e as respostas que carregamos como criadores de nossos demónios, de nossa Outra Parte.
O Amor é o que nos impulsiona e nos aproxima do Criador e buscamos a Sua Luz, assim, da mesma forma a nossa Outra Parte, os demónios, não querem nos destruir, mas sim receber nossa Luz para nos entregar o seu Amor.
A Luz de Maria
Um Amor que vem peregrinando era trás era em busca da Luz de Maria que habita em todos os corações humanos, mas que precisa ser feita brilhar, para que possa iluminar todos os recintos de nosso Ser, de nosso Templo Interno, para que possamos nos conectar com nossa Outra Parte, através do ponto mais negro que existe em nós.
Porque o Amor é um meio para se chegar ao final, e no final…do “túnel” sempre há uma Luz; o túnel, o “canal”…de nascimento, que tanto pode ser físico como espiritual.











## TEXTO PARA APRENDIZADO INTERIOR

@@ GRIMÓRIO DA BRUXA JADE FÊNIX

O Transe Mágico - a habilidade primordial dos bruxos

O Transe Mágico - a habilidade primordial dos bruxos

O texto abaixo foi extraído do livro "A Bruxa Solitária", de Rae Beth. Escolhi este trecho em especial, que explica o que é o transe dentro do contexto da bruxaria, de uma forma especialmente direcionada para iniciantes e praticantes solitários. Em outro post eu coloco a técnica básica de transe de Rae Beth, esse texto é só para entender a teoria. Mas eu já postei uma outra técnica para entrar em Alfa (que é o mesmo estado de consciência alterado), (A Contagem Regressiva de Cristal). 

" Você pergunta sobre o trabalho interior de uma bruxa. Aquela palavra misteriosa "transe", que eu uso às vezes, o que significa na verdade? Possui ligação direta com o poder de lançar feitiços. E também quer dizer um estado no qual o futuro pode ser vaticinado, e poder-se comungar com os espíritos da natureza. Por meio do transe ou estado mediúnico, as mudanças acontecem. Mas é empregado fora do círculo, de maneiras que eu ainda não lhe contei? É, sim. O transe é a magia interna, a comunhão sentida com as fontes de nossas vidas. É também um meio de transformação. Porque as mudanças durante o transe, imaginado ou
"visto" diferentemente, são sempre seguidas de modificações exteriores, se a imagem é acompanhada por suficiente "carga" emocional. Não esqueça isso, pois em transe você pode mexer com seu estado de humor para o bem ou para o mal, e mesmo com sua saúde, como tem sido averiguado no mundo todo por terapeutas e psicoterapeutas.

O Transe é o acesso do Templo Interior do Bruxo, onde a verdadeira magia é feita.
Para uma bruxa, o transe é a verdadeira essência e alma de toda a magia. E acontece muitas vezes onde o ritual ainda não é apropriado — quando a bruxa está despreparada para o ritual, precisando meditar ou buscar mais direcionamento ou tornar-se mais firme em seus objetivos. E se a realização dos ritos é o trabalho externo, o transe, por sua vez, é o trabalho interno que toda bruxa deve realizar. Em transe, ele ou ela sempre deve encontrar a Deusa ou Deus e o Caminho, onde quer que seja, e não apenas em horas predeterminadas e dentro do círculo mágico. O transe é a verdadeira fonte de habilidade da bruxa.
Antes de você ter vivenciado festivais de passagem de ano e celebrado fases da Lua, não terá placas sinalizadoras indicando Domínios Interiores nem mapas já existentes para traçar os próprios mapas e caminhos. E até que você perceba a Deusa como criadora e mantenedora de toda a vida, com o Deus, seu consorte, ambos cocriadores e guias, não terá pontos de referência espirituais. Isso não significa que aquelas que não são bruxas não tenham tal referência. Existem outros caminhos. Há outros modos. Mas aventurar-se nas veredas interiores sem nenhuma estrutura referencial, sem qualquer conhecimento verdadeiro, é um risco que causa instabilidade emocional e psíquica.

Você talvez se assuste quando exagero os perigos. Eu não, pois vejo como a juventude abre centros psíquicos, usando drogas em circunstâncias errôneas, sem orientação ou conhecimento interior algum. Personalidades fragmentadas e vidas destruídas têm sido o resultado, pois a desintegração astral, uma destruição psíquica se manifesta, é vivida no mundo "real", com grande dor e confusão. Uma bruxa (ou bruxo) não precisa correr esse risco, pois ela encontra seres astrais e eventos com sabedoria, respeito e perícia psíquica. O senso do sagrado, a primeira condição de respeito, é inatamente sua. Ninguém pode ser bruxa verdadeira sem esse senso. Mas a sabedoria, que você corretamente menciona, é algo a conquistar. Bem como as perícias psíquicas.

Todas as religiões do mundo usam as técnicas de transe e meditação de alguma forma.O que acalma a mente lógica, tranqüilizando-a, em repouso, para que o transracional possa aparecer e se reintegrar. Mantras, mandalas, orações repetitivas e o rosário, batidas de tambores, drogas e posições especiais da ioga são algumas das muitas técnicas usadas para alcançar estados alterados de consciência. Como bruxas solitárias, praticamos os rituais criando um espaço sagrado e dançando e cantando dentro dele. Mas também podemos entrar no mesmo estado de "lucidez sonhadora" por meio da visualização, uma rotina mental que nos leva para o nosso interior e aprofunda a consciência, trabalhando como simples autoprogramação. Em outras palavras, a visualização inicial instrui a mente para voltar-se ao seu interior. É o que fazemos. A melhor maneira de compreender isso é praticando."
 
** TEXTO PARA LEITURA
 
 
 
+_+ RITUAL MÁGICO
 
 
@@ GRAIMÓRIO DA BRUXA JADE FÊNIX
 
 

Carta de uma bruxa

Carta de uma bruxa


"Eu sou uma bruxa. Não trabalho para o demônio, não estou interessada
em Satã . Satã foi inventado pelos cristãos . Satanismo é uma forma de
cristianismo . Eu não sou um cristão. 
Eu não vou a igreja aos domingos. Jesus não é meu salvador. Ele foi um
simples homem sagrado e bom que viveu a 2000 anos atrás. 
Eu não temo ir para o inferno porque eu acredito no inferno tanto quanto
acredito no Satã. 
Eu acredito em reencarnação; que voltarei para este mundo ou outro, e
viverei outra vida 
Eu não sou má. Dizer as pessoas que eu sou uma "boa bruxa" ou perguntar
me se sou uma boa bruxa implica que há más bruxas. Há pessoas más no
mundo , e há pessoas que escolhem usar com as forças da natureza no
propósito para fazer mal aos outros; essas pessoas não são bruxas. A lei
principal da bruxa é "Faça o que quiseres sem a ninguém prejudicar" 
Por favor não me pergunte sobre sacrifício de gatos ou profanação
igrejas. Eu amo meus gatos. E eu não vou a igrejas e sinagogas a menos
um amigo de outra religião me convide para uma ocasião especial . E se
tenho que entrar numa igreja, eu não vou sofrer um "ataque divino". E se
um cristão, ou um Judeu, ou um budista vem a um ritual pagão, nossos
deuses não atacarão até morrer. Não é isso algo a se pensar? 
Vestir um pentáculo não é diferente que vestir uma cruz, crucifixo ou
uma estrela de Davi. Se você quer que eu retire o símbolo da minha
religião (e Wicca é uma religião, protegida pela mesma Primeira Emenda dos Direitos como outras religiões.) por que é ofensivo, você precisa fazer com que cada um de cada religião o faça também. Os cinco pontos da estrela simbolizam os cinco elementos: Terra, Ar, Fogo e Água, e o quinto ponto é o Espírito. Circundado pelo Mundo. Como que pode ofender, não dá para imaginar. Uma imagem de um torturado, uma homem agonizando é mais ofensiva, e mesmo assim, milhares de pessoas usam crucifixos todo dia. 
Também, não me pergunte se eu estou num coven com aquele jeito horripilante, meio aquele tom de voz "fascinada". Se eu quero falar sobre meu coven, eu irei educa-lá. Se sou um praticante solitário, eu
não tenho coven para discutir. 
Em qualquer caso, em nossos rituais temos velas, comida, bebida, poesias, dança...sim, há uma faca, mas ela só corta o ar, e não carne de alguém. 
Eu não bebo sangue. Não sou a mesma coisa que vampiro. Eu visto preto porque isso mantém a negatividade fora e porque fica melhor em mim que laranja e bolinhas roxo/púrpura.
Se você quer me perguntar algo relacionado a minha religião, pergunte-me quando a próxima lua cheia vai chegar. Ou melhor, quando a próxima lua azul vai chegar. Ou pergunte o que a lua azul. E Pergunte-me sobre ervas. Cristais. Curas. As vezes me pedem para fazer uma poção do amor. Mas eu não lanço feitiços em outras pessoas e não lançarei um feitiço em você para ficar linda, magra, mais atraente . E eu não vou lançar um feitiço no seu "desejado" para fazer ele te amar . Acredite-me, você não quer isso. Isso é forma de manipulação , mandar em alguém , infringe na sua liberdade. Não é bom para ninguém. E também não vou lançar um feitiço para alguém parar de fazer algo contigo. Magia funciona como uma co-criação. Uma bruxa funciona com energia universal, com os deuses, "inclinando" a máquina de probabilidade para algo. 
Precisa de dinheiro? Não tente enfeitiçar seu chefe a dar um aumento. Simplesmente peça ao Universo que aumente os "fluidos" de abundância e prosperidade em sua direção . Isso não afeta ninguém. 
Última coisa; dar-me um livro sobre a inquisição é como dar um livro sobre o Holocausto a um judeu. Não é engraçado, é rude.
Por favor não tente me deixar envergonhada com o que faço ou o que sou.
Por favor não tente me converter ou me "salvar". Não atire água benta em mim. Não me deixe "santinhos" sobre minha mesa ou pára-brisa. Eu não necessito ser salva. 
Nós somos orgulhosas pelo fato de não precisarmos recrutar pessoas para serem bruxas. Nós simplesmente somos, e todos a nossa volta nos verão com pensamos, como agimos, na nossa paz interior, e só quando uma pessoa diz "como faço para me tornar um bruxa?" nós fazemos ela adentrar conosco. Eu nunca irei deixar uma propaganda da religião com alguém. Eu não tenho uma propaganda, a não ser que considere esta carta como uma. E eu não estou interessada em converte-lo. Eu só peço a você que me compreenda. E se não quiser me compreender, apenas me deixe sozinha. 
Abençoados sejam,
Bruxa Jade Fênix
 
 

Blessed Be

Blessed Be

Abençoada seja a minha mente, para que eu possa sonhar novamente,
Abençoado seja meu coração para que eu possa me curar, harmoniosamente,
Abençoado seja o meu ventre, para que eu gere e dê a luz seguramente,
Abençoado seja o meu estado de espírito, para que mantenha acessa a minha chama eternamente.
 
BRUXA JADE FÊNIX
 
 

Magia e os poderes do ser humano (Eliphas Levi)



Magia e os poderes do ser humano (Eliphas Levi)
Definição e escolas principais
A crença na realidade dos poderes mágicos do ser humano é um fator comum a todas as culturas. Não há povo, tribo ou civilização, desde os primórdios da história até os nossos dias, que não traga o relato de pessoas especiais ou possuidoras de segredos e técnicas que os tornam capazes de operar efeitos surpreendentes ou mesmo aparentemente impossíveis.
A Magia, de um modo geral, nada mais é do que a arte de causar EFEITOS VISÍVEIS a partir de CAUSAS INVISÍVEIS. O Mago, a bruxa ou o pajé são, portanto "colegas" de ofício, já que as leis mágicas pouco diferem entre si, apesar das diferenças culturais.
O uso concentrado e determinado do pensamento, da emoção e da vontade constitui o material básico que permite ao Mago atingir os efeitos que procura. No entanto, para que esses conteúdos interiores tornem-se mais efetivos, são apoiados em sinais físicos, concretos, surgindo assim uma infinidade de símbolos, ritos e métodos específicos.
Devido a seu potencial perturbador da Ordem Social, a Magia na Antigüidade ficava restrita à classe sacerdotal. O acesso aos Arcanos da Natureza era considerado um processo sagrado, sendo minuciosamente regulado. Também é importante observar que, muitas vezes, o acesso à própria escrita era também restrito aos Magos e Sacerdotes, categorias que muitas vezes confundiam-se em uma só.
A Magia apresenta uma série de conceitos básicos, idênticos ou muito semelhantes entre si. Os Magos postulam que o Ser Humano possui uma capacidade inata para o exercício da Magia. Essa capacidade, modernamente, recebeu o nome de função psi, conhecida há milênios e também chamada de manas, ju-ju, od, vril, gri-gri, axé...
"TUDO TEM A VER COM TUDO"
Outro conceito importante é o da unidade de todas as coisas em um outro plano, mais sutil, no qual trabalham os Místicos e os Magos. Esse campo, conhecido por alguns como PLANO ASTRAL, corresponde, em linhas gerais, a um conceito moderno de INCONSCIENTE COLETIVO, embora englobe muitas outras derivações. Outro dado importante, e que também extrapola os limites do inconsciente coletivo, é o de que nesse "mundo" os Magos se encontram, convivem e até duelam.
O QUE É A MAGIA?
Magia, imagem, imaginação: A noção de que todos os seres e coisas da natureza integram um Todo articulado e coerente entre si, nos traz o terceiro conceito essencial para que se compreenda o que é a Magia: A LEI DA ANALOGIA. Esta Lei Mágica nos propõe que tudo no mundo possui um valor simbólico natural, intrínseco.
Assim, por analogia:
PARA OS MAGOS, O SOL NO UNIVERSO...
O CORAÇÃO PARA O HOMEM...
O LEÃO ENTRE OS ANIMAIS...
O OURO ENTRE OS METAIS...
E O DIAMANTE ENTRE AS PEDRAS...
... EXPRESSAM uma energia semelhante, cada um em seu REINO.
Essa concepção deriva da relação entre o Microcosmo (o Ser Humano) e o Macrocosmo, pela qual o Homem representa no plano físico todas as Potências Espirituais. Assim, cada um é um universo único, singular, mas possui de forma potencial todos os poderes do Cosmo e da própria Divindade.
Além dessas, outra lei universalmente reconhecida entre os Magos de todos os tempos é a de que é imprescindível optar por uma das Forças: da LUZ ou das TREVAS. Mesmo nos raros casos em que a dualidade sobrexiste, há sempre uma tendência predominante, persistindo um antagonismo inevitável. Apenas hoje em dia começaram a surgir, pelo influxo de novas concepções filosóficas, escolas mágicas que propõem a unificação das duas Forças, numa visão não - dualista da Existência.
Escolas Principais
Como qualquer outra forma de Arte e principalmente por ser muito antiga, a Magia ramificou-se em uma infinidade de escolas e linhas distintas, de forma inumerável. Modernamente salientam-se algumas pelo seu caráter filosófico singular ou pelo expressivo número de seus adeptos.
Inglesa A Escola Inglesa apresenta três correntes principais de grande importância na História da Magia. A mais antiga é a escola dita enochiana , a partir dos trabalhos do célebre mago John Dee (1527-1608)e de seu discípulo Edward Kelley, que levaram a cabo uma série de operações mágicas que culminaram com a descoberta, através de anjos, de uma poderosa linguagem mística que seria o próprio idioma angélico, ou enochiano. Suas obras e os alentados tratados que legaram continuam sendo objeto de intensa pesquisa e experimentação por parte dos Magos ainda hoje.
Magia Wicca
Outra escola inglesa clássica de grande relevância é a da Magia Wicca, que também apresenta divisões. De modo geral, trabalha com o culto às Forças da Natureza através dos Antigos Deuses pagãos: a Grande Deusa-Mãe e o Grande Deus Chifrudo Cernunnos, que não se confunde com o Diabo, como querem alguns de seus detratores. A Wicca resgata os valores, ritos e instrumentos da antiga magia medieval e mesmo pré-cristã, de marcada influência celta.
Os ciclos lunares, bem como os equinócios e solstícios, desempenham papel fundamental nessa escola. Também são essenciais as datas específicas do culto, relacionadas com o ciclo das Terra e das colheitas.
As antigas sacerdotisas, para burlar a repressão, transformavam os próprios apetrechos domésticos em instrumentos mágicos, como a célebre vassoura, o caldeirão, a colher de pau, a faca, a corda, etc. Hoje em dia é uma das correntes mais atuantes dentro da Magia Moderna.
Crowley
A mais moderna dentre as linhas da escola inglesa é também a mais radical. Deriva diretamente das obras de Aleister Crowley (1875-1947), um caso à parte na História da Magia. Auto-intitulado "A Besta do Apocalipse", devido à sua irredutível orientação anticristã, Crowley integrou e fundou algumas das mais poderosas sociedades secretas de seu tempo, como a Golden Dawn, na Inglaterra, a qual transformou completamente imprimindo a sua marca pessoal; e a O.T.O. , "Ordo Templi Orientis", grupo alemão de magia sexual de grande importância no cenário ocultista da época.
Em suas inúmeras obras, tais como "Magick", "777"e "O Livro da Lei", Crowley propôs uma nova visão da Magia e do papel do Homem no Universo. Apesar de sua intensa crueldade pessoal e de uma trajetória cheia de incidentes sinistros, Crowley deixou um legado cultural fundamental para aqueles que procuram entender como a Magia pôde adentrar o século XX como uma forma ainda válida para compreender o mundo.
França
A chamada escola francesa também lança raízes profundas no tempo. Desde o famoso alquimista Nicholas Flamel (1330-1418) e o legendário Michel de Notredame (1503-1566), até toda uma longa geração de "grimoires" (grimórios), livros quase sempre apócrifos com símbolos, encantamentos e receitas mágicas quase sempre macabras, dificílimas, grotescas ou tudo isso ao mesmo tempo.
Dentre esses sobressaem-se "Le Grimoire de Honoire", atribuído talvez falsamente a um Papa do séc.XIII e "Le Grand Albert", ou "Le Dragon Rouge" e "Le Petit Albert", atribuídos errôneamente a Alberto Magno.
Alta Magia
Também merecem destaque o "Heptameron", de Pietro de Abano e o "Lemegeton", suposta obra do próprio Rei Salomão. Toda essa base histórica lançou as sementes para o florescimento, no séc. XIX, da chamada Alta Magia, a partir dos trabalhos de Papus, Eliphas Levi, Stanilas De Guaita, Josephin Péladan e Saint-Yves D'Alveydre. Integrados entre si por identidades doutrinárias ou por vínculos de mestre e discípulo, esses autores propõem uma visão eticamente orientada, enfatizando a importância do Mago alinhar-se com as Forças da Luz.
O apelo aos anjos católicos, à Jesus e mesmo à Virgem Maria não era descartado. Ainda hoje existem muitos adeptos dessa linha em todo o mundo.
A Grade Chave de Salomão:
O texto essencial de evocar, proteger e prender espíritos de todos os gêneros, creditado a Salomão, o Sábio, mas este livro foi muito alterado de edição para edição, perdendo muito de sua versão original.
O Lemegeton - A Chave Menor de Salomão:
Uma completa descrição judaico-cristã de anjos e demônios, alem de ritos para evoca-los.
Escolas Orientais
Muitas escolas orientais também influenciam o moderno pensamento mágico e constituem uma importante corrente filosófica dentro das Ciências Ocultas. Dentre elas sobressaem-se algumas, principalmente as linhas Tântricas, que utilizam magia, sexo e meditação de forma integrada para atingir as transformações interiores desejadas.
Tantra
Originárias da região da Cachemira, na Índia, as seitas tântricas remontam a tempos imemoriais e propõem uma visão do mundo baseada no culto ao Deus Shiva e às forças femininas da Natureza, principalmente à Shakti, a força sexual feminina que permite ao adepto e sua parceira cavalgar o êxtase e abraçar os mundos!
Divisão
De forma geral divide-se em duas linhas: a da "Mão Esquerda", que trabalha com práticas sexuais concretas e a da "Mão Direita", que utiliza materiais simbólicos como mandalas e mantras para evocar a energia sexual do Cosmo.
O ponto comum entre elas é o trabalho sobre a Kundalini, o poder sexual que jaz mais ou menos adormecido em todo ser humano. As doutrinas Tântricas constituem um importante elemento incorporado pelos Magos modernos.
Nas Antilhas, principalmente no Haiti, originaram o Vodu, marcado por seu potencial mágico extremamente forte e mesmo agressivo. Tribos de outras regiões da África originaram, principalmente no Brasil, a Macumba e suas derivações: a Umbanda e a Quimbanda.
Apesar das diferenças, todos esses cultos são caracterizados por uma atitude de familiaridade com as divindades e de resistência à opressão social que atinge os devotos, quase sempre oriundos das camadas mais desfavorecidas da sociedade. Devido à sua natureza de resistência social e de apoio aos oprimidos, são cultos que preservam intensamente os seus segredos e suas técnicas.



## LEITURA PARA ESTUDOS

Bruxa Jade Fênix

O Livro de Thoth

O Livro de Thoth


Para os arqueologistas clássicos, a arqueologia egípcia não apresenta nenhum problema e pode perceber-se nela uma passagem contínua do neolítico a uma forma de civilização mais avançada, passagem que se efetuou da maneira mais natural. Para os arqueologistas românticos, ao contrário, e para os investigadores independentes que não participam do clã da arqueologia oficial, a Antigüidade do Egito é muito mais importante, e os problemas sem resolução muito mais numerosos do que se possa imaginar.
No interior de um círculo esotérico fechado, os Irmãos da Ordem Mística da Ressurreição, estudavam um certo número de problemas, entre eles o das civilizações desaparecidas. Schwaller de Lubicz, morando em Saint-Moritz e depois em Palma de Maiorca, e finalmente em Luxor, estudou os segredos egípcios.
C. Daly King, é um sábio inserido na linha mais oficial, psicólogo materialista, autor de 3 tratados clássicos utilizados nas escolas dos países anglo-saxões. C. Daly King apresentou em 1946, em Yale, uma tese de doutorado em física sobre fenômenos eletromagnéticos que aparecem durante o sono. Depois, estudou os estados superiores da consciência, estados que estão sempre mais despertos que quando se está acordado normalmente, apresentando esse trabalho em outro livro clássico, The states of human consciousness (1963).
Morreu quando corrigia as provas desse livro, e quando preparava uma importante obra sobre as ciências do espírito do antigo Egito.
Confrontemos o ponto de vista com o da arqueologia oficial. De acordo com esta, há 6.000 anos os egípcios eram ainda membros de tribos selvagens. Um intérprete sério e reconhecido pelos arqueólogos oficiais, Leonard Cottrell, no livro "The Penguin Book of Lost Words" escreveu: "Alguma coisa aconteceu que, em tempo notadamente curto, transformou esse aglomerado de tribos semi-árabes que viviam às margens do Nilo, num estado civilizado que durou 3.000 anos. Quanto à natureza daquilo que teria ocorrido, não podemos senão tentar adivinhar. Mas as provas arqueológicas nos fornecem indícios vários e podemos esperar que descobertas futuras preencham tais lacunas."
Toth é um personagem mitológico, mais deus que homem que, por todos os documentos egípcios que possuímos, precedeu o Egito. No instante do nascimento da civilização egípcia, os sacerdotes e os faraós tinham em seu poder o Livro de Toth, constituído, provavelmente, de um rolo manuscrito ou de uma série de folhas que continham os segredos de diversos mundos e que davam poderes consideráveis aos seus detentores.
Em 2.500 a.C., os egípcios já escreviam e faziam livros. Esses livros eram escritos em papiro. A palavra bíblia, que quer dizer livro, deriva do nome do porto de Biblos, no Líbano, que era o principal porto de exportação de rolos de papiro. Na literatura egípcia de 2.500 a.C., já se encontram tratados científicos de medicina, textos religiosos, manuais e mesmo obras de ficção científica!

O Livro de Toth devia, pois, ser um papiro muito antigo, recopiado secretamente muitas vezes e cuja Antigüidade remontaria a 10.000 ou talvez 20.000 anos. Mas um objeto material não é de modo algum um símbolo.
É representado como um ser humano tendo a cabeça de um pássaro íbis. Tem na mão uma pluma e um palheta dessa tinta que se usa para escrever sobre pergaminho. Seus dois outros símbolos são a Lua e o macaco. De acordo com a tradição mais antiga, ele inventou a escrita e serviu de secretário a todas as reuniões dos deuses.
Está associado à cidade de Hermópolis, da qual se sabe pouca coisa, e aos domínios subterrâneos dos quais se sabe menos ainda. Daqui por diante Toth será identificado com Hermes.
Transmitiu à humanidade a escrita, e escreveu um livro fundamental, esse famoso Livro de Toth, livro mais antigo entre os antigos, e que continha o segredo do poder ilimitado.
Uma primeira alusão a esse livro apareceu no papiro de Turis, decifrado e publicado em Paris, em 1868. Esse papiro descreve uma conspiração mágica contra o faraó, conspiração que visava destruí-lo através de feitiçarias, a ele e a seus principais conselheiros, por meio de estátuas de cera feitas de acordo com a imagem de cada um. A repressão foi atroz. Quarenta oficiais e seis altas damas de Cort
e foram condenados à morte e executados. Outros se suicidaram. O livro maldito de Toth foi queimado pela primeira vez.
Esse livro apareceu mais tarde na história do Egito, entre as mãos de Khanuas, filho de Ramsés II. Ele tinha o exemplar original escrito pelo próprio Toth e não por um escriba. De acordo com os documentos, este livro permitia ver o Sol face a face. Dava o poder sobre a Terra, o oceano, os corpos celestes. Dava o poder de interpretar os meios secretos usados pelos animais para se comunicarem entre si. Permitia ressuscitar os mortos e agir à distância. Tudo isto nos é relatado nos livros egípcios da época.
O livro reapareceu em inscrições sobre o monólito de Metternich, monumento que tem esse nome, pois foi oferta de Mohamad Ali Pacha a Metternich. Foi descoberto em 1828 e data de 360 a.C. Na escala da história egípcia é um documento moderno.Esse monumento representa, em todo caso, mais de trezentos deuses, e entre eles os deuses dos planetas ao redor de estrelas
Toth, ele mesmo, anunciou sobre esse monumento, que queimou seu livro e que caçou o demônio Seth e os sete senhores do mal.

Desta vez, a questão parece regulada. No ano de 360 a.C., o Livro de Toth foi solenemente destruído. Mas, entretanto, a história somente começou. A partir de 300 a.C., viu-se o aparecimento de Toth identificado desta vez com Hermes Trismegisto, o fundador da alquimia. Todo mágico que se respeite, em particular na Alexandria, pretende possuir o Livro de Toth, mas nunca se viu aparecer o próprio livro: cada vez que um mago gloria-se de possuí-lo, um acidente interrompe sua carreira.
Entre o começo do século I a.C. e o fim do século II d.C., numerosos livros apareceram e constituíram juntos o "Corpus Hermeticum". A partir do século V, tais textos são colecionados e se encontram aí referências ao Livro de Toth, mas nenhuma indicação precisa para encontrá-lo. Os textos mais célebres dessa série chamam-se: Asclépio, Kore Kosmou e Poimandres. Todos se referem ao Livro de Toth, mas nenhum o cita diretamente nem dá meios de consultá-lo.
"Nossos ancestrais descobriram a arte de criar os deuses. Fabricaram estátuas e como não soubessem criar as almas, chamaram os espíritos dos demônios e dos anjos e os introduziram graças ao mistério sagrado nas imagens dos deuses, de maneira que essas estátuas receberam o poder de exercer o bem e o mal."
Os deuses egípcios e o próprio Toth teriam sido, assim, criados.
Criados por quem? Isto não é dito. Pela grande civilização que precedeu o Egito.
Segundo o Asclépio, esses deuses estavam presentes e ativos, ainda, no tempo de Cristo: "Eles vivem numa grande cidade nas montanhas da Líbia.Mesmo considerados mais próprios da ficção científica, tais textos excitam a imaginação. Santo Agostinho e numerosos outros teólogos e filósofos por eles se interessaram.
Certamente são esses textos que propagaram o Livro de Toth. Este reapareceu com tanta freqüência do século V da era cristã até nossos dias, que podemos perguntar como foi reproduzido antes da invenção da imprensa e da fotografia. A inquisição queimou-o pelo menos umas trinta vezes e seria preciso um livro para enumerar os acidentes bizarros que acontecem àqueles que pretendem possuir o Livro de Toth.
Seja como for, nunca o vimos impresso ou reproduzido de qualquer maneira. Uma lenda estranha começou a circular desde o século XV. Segundo ela, a sociedade secreta que possuía o Livro de Toth vulgarizou um resumo dele, uma espécie de fichário acessível a todos. Esse fichário não é outro senão o famoso jogo de cartas.
É certo que o jogo de cartas tem sido objeto, na época moderna em particular, de estudos interessantes, entre eles aquele que ficou infelizmente inédito, o do pintor contemporâneo Baskine.
Para ficarmos no domínio dos fatos, podemos notar que aparece o jogo de cartas mais ou menos, em 1100. Compreendia, e compreende ainda hoje, 78 cartas, e diz-se comumente que o jogo de 52 cartas para jogar e o jogo que serve para ler a sorte derivam dele.
Na origem, essas cartas se chamavam nabi, palavra italiana que quer dizer profeta. Não se sabe a origem da palavra "tarot".
Pode-se manifestar o maior ceticismo diante da hipótese segundo a qual "tarô", pronúncia francesa da palavra "tarot", seria anagrama de orta ou "ordem do templo". Com os anagramas chega-se a não importa onde. É possível que os templários tenham possuído e recebido cartas de jogo, mas nada prova que eles as tenham propagado à volta deles. O bibliotecário de Instrução Pública, sob Napoleão III, Christian Pitois, disse em sua História da Magia, surgida em 1876, que os mais importantes segredos científicos do Egito, antes da destruição de sua civilização, estão gravados nas cartas, e que o essencial do Livro de Toth aí se encontra.
No século XVIII, qualquer charlatão que se preza diz possuir o Livro de Toth. Nenhum o reproduziu e muitos foram mortos nas fogueiras da Inquisição por isto, até 1825; em 1825, com efeito, a Inquisição queimava ainda na Espanha.
No século XIX, como no XX, não faltaram charlatães que pretenderam, igualmente, possuir o papiro ou o Livro de Toth (que acabou intervindo no célebre romance de Gaston Leroux, "A poltrona mal-assombrada").
Mas ninguém ousaria publicá-lo, pois os acidentes acontecidos a esses possuidores foram numerosos.
Existe,uma associação internacional de Homens de Preto, ela deve ser contemporânea de mais antiga no Egito, e exercer suas atividades desde então. Encontram-se referências sobre esse assunto em autores sérios como C. Daly King, que fez alusão a grupos contemporâneos possuidores e utilizadores dos segredos do Livro de Toth. C. Daly King pretendeu que Orage e Gurdjieff fazem parte de tais grupos.King escreveu que é extremamente perigoso. Isto pode ter as conseqüências mais graves, principalmente causar ferimentos.
Sempre, segundo ele, "somente uma organização de pessoas qualificadas e eficientes pode ensinar essa técnica, é somente no interior de uma tal organização que a disciplina apropriada pode ser aplicada. Eu advirto o leitor de maneira a mais séria para não tentar sozinho tais experiências. Entretanto, essa técnica constitui um meio prático para ativar a consciência humana."
Se uma tal organização existe, ela deve, necessariamente, possuir o Livro de Toth ou que o que resta dele. E se os egípcios aplicaram ao papiro as mesmas técnicas de conservação das múmias, não será absurdo pensar que um papiro tenha podido subsistir até o século XIX, quando então poderia ser fotografado. A menos que a organização em questão tenha conhecido a fotografia bem antes do século XIX, o que não é possível.
Parece que houve, por volta de 1920, arqueólogos não-oficiais capazes, realmente, de traduzir hieróglifos. Schwaller de Lubicz teria recebido ensinamentos de tais especialistas. Se bem que, a priori, não se possa rejeitar a existência de um pequeno grupo, tão esperto em 1971 d.C. quanto o fora em 1971 a.C., que possuiria alguns elementos da ciência secreta.
Eis, segundo C. Daly King, um exemplo dessa ciência secreta: "No Egito, existiam verdadeiras escolas e a Grande Escola, a que ensinava nas pirâmides, era realmente séria. Sua especialidade era o conhecimento objetivo, real, do universo real. E uma das possibilidades dada aos estudantes era a de, com o auxílio de um curso cuidadosamente estudado, utilizar as funções naturais mais insuspeitáveis de seu próprio corpo, para transformá-los, de seres sub-humanos que somos, em seres verdadeiros.
A Grande Escola chegara a uma ciência que não possuímos: era a ciência da óptica psicológica. Tal ciência permitia estudar espelhos que não refletiam senão o que era mau num rosto que lhe era apresentado. Um tal espelho se chamava ankh-em-maat, espelho da verdade. O candidato admitido na Grande Escola não via mais nada no espelho pois tinha-se purificado até a eliminação de tudo o que era mau nele. Um tal candidato chamava-se Senhor do Espelho Puro."
Tudo isto mostra um saber avançado. Mas é compreensível que alguns pensem que a humanidade não está pronta a receber estes conhecimentos, e que uma organização de Homens de Preto faça tudo para impedir a publicação do Livro de Toth.
Até hoje parece que ela o conseguiu plenamente.
Mas existem também supersticiosos e fanáticos.
Desses supersticiosos, e entre parênteses, assinalemos que foi feita uma estatística exata da duração média da vida de todos aqueles que participaram da abertura do túmulo de Tout Ankh Amon; em média, suas vidas foram mais longas que a de seus contemporâneos. Não admitamos sem verificação todas as histórias de túmulo maldito e de maldição do faraó. Mas o túmulo de Tout Ankh Amon foi inteiramente aberto.
É certo que, se existisse uma tradução do Livro de Toth, com provas e fotografia do texto original, qualquer editor hesitaria, sem dúvida,
antes de publicá-lo.



+*+ LEITURA MÁGICA

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+_+ RITUAL DO SILÊNCIO

A Ciencia de Guardar Segredos



A teologia cabalística concebe o Universo como um sistema estruturado em dez princípios ou Os Dez Sephira que são atributos ou aspectos de Deus. Esses princípios são descritos como esferas através das quais a Luz Divina [energia] é transmitida à raça humana. Cada sephiroth toma sua forma de uma manifestação da luz divina e todos são-estão, simultaneamente, unidos e separados entre si, como raios projetados em direções e de modos diferentes porém, todos procedentes da mesma fonte, da mesma Luz, do mesmo Ponto.

Os Dez Sephirah relacionam-se mutuamente por meio de 22 caminhos [pontes, degraus, gradações]. A representação gráfica, geométrica, desse conjunto de esferas e caminhos configura-se em uma estrutura, um diagrama que é entendido como representação: 1. da Unidade Humana Primordial, o Adam Kadmon dos esotéricos; 2. da Árvore da Vida, sendo árvore uma alegoria para um sistema integrado de manifestação dos seres vivos que, em última instância, são Todos os seres que existem no Universo manifestado.

Adam Kadmon é o nome atribuído àquele-aquilo que foi-e-é o primeiro Ser criado, o Elo de União entre Deus e cada indivíduo, cada ser humano. Adam Kadmon é um propulsor ─ O Verbo  ─ da Criação e da Redenção do mundo. [A redenção refere-se a um tempo quando o mal, finalmente, será expurgado da experiência de realidade]. A partir da primeira emanação, forma-se a primeira esfera, primeira sephiroth, ainda singela, prima-obra; gradativamente, porém, ao longo das manifestações das outras esferas, distanciando-se do ponto de origem, a energia se adensa e alcança estados de matéria densa, bruta, complexa.  

As dez Sephirah acomodam Quatro Mundos ou, melhor definindo, quatro diferentes planos de existência, Reinos manifestados em inumeráveis formas e qualidades de matéria. A Humanidade existe no Segundo Reino, em um mundo físico, onde o denso-pesado predomina sobre o rarefeito, o sutil e leve. Nos mundos/planos Terceiro e Quarto habitam as hostes de Anjos e Demônios, cada qual [hoste, raça, grupo] com seus atributos particulares.

Nomes  

Os nomes são muito importantes na lógica da Cabala. As 22 letras do alfabeto hebraico seriam, literalmente, as unidades constituintes de todas as coisas do Universo. Deus teria criado Todas as Coisas por meio do ato de nomeá-las, dar nome a cada coisa. As combinações das letras, infinitas, podem expressar tudo o é, tudo o que já foi e, ainda, tudo o que pode vir a ser. 

Por causa desse valor criativo atribuído aos fonemas, a hermenêutica, a ciência da interpretação dos textos escritos, é muito importante na prática da Cabala, que se ocupa da difícil tarefa de decodificar ou desvendar os múltiplos significados ocultos nas escrituras hebraicas. A Cabala judaica [sim, porque outras culturas também desenvolveram sistemas cabalísticos de escrita e linguagem] utiliza três técnicas para interpretar as palavras e suas combinações:

Temura ─ Arte do anagramas. De encaixar uma palavra dentro da outra; um texto em outro, usando todas as letras em combinação diferente da mensagem original.

Gematria ─ Estabelece relação entre o fonema escrito [e/ou falado] com valores numéricos. Assim, palavras diferentes são semelhantes quando reduzidas [ou traduzidas] para seus valores numéricos. Palavras formam números e vice-versa guardando, desta forma, informações ocultas na álgebra das letras que formam um texto.


Notarokon ou Notarikon ─ Acrônimo, sigla. Palavras formadas com as letras ou sílabas iniciais de outras palavras formadoras de uma frase, de um dístico, de uma denominação composta ou conceito. Um acrônimo conhecido na magia ocidental á AGLA ─ Ateh Gibor le-Olam Adonai” – Thou art mighty forever, Lord  ou, em português, Vós sois poderoso para sempre, Senhor.

Outro famoso acrônimo famoso é o Peixe, a imagem, símbolo dos Cristãos primitivos, figura que remete à palavra grega ΙΧΘΥΣ, ichthus ─ acrônimo ou sigla da expressão: Iēsous Christos Theou Huios Sōtēr, Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador. A Notarikon é a técnica de produzir e encontrar essas abreviaturas ocultas em  um texto.


Magia Cabalística
Durante a Renascença, cabalista dedicados empenharam-se no exame cuidadoso dos labirínticos textos herméticos que encerram palavras e números ocultos entre outras tantas palavras e números. O objetivo maior desses cabalistas era revelar Verdades secretas, respostas camufladas em Escrituras Sagradas [especialmente os hebraicos] em fórmulas de anagramas, acrônimos e correspondências numéricas. Os Cabalistas renascentistas, judeus e não-judeus, queriam descobrir os muitos e mais poderosos nomes de Deus.
Ao longo de exaustivas pesquisas, esses estudiosos acreditaram ter estabelecido, por exemplo, o número exato de Anjos no Universo: 301 milhões, 655 mil e 172 anjos! Hoje, os cabalistas contam com uma ferramenta poderosa para proceder às suas análises hermenêuticas e algébricas: o computador, tecnologia capaz de produzir rapidamente resultados antes inimagináveis, como encontrar e decifrar o chamado Código da Bíblia, façanha que ocupou manchetes e foi tema de best-seller mundial em anos recentes.
A Cabala prática, em obra clássica contém detalhes sobre como se comunicar com as forças ocultas, como comandar os anjos e os demônios para interferir nos fenômenos da natureza, como curar certas doenças, maldições, combater inimigos, predizer o futuro e realizar outros prodígios.


+_+  RITUAL DO SILÊNCIO

@@ GRIMÓRIO DA BRUXA JADE FÊNIX


OPUS DEI

OPUS DEI


O Opus Dei é uma instituição da Igreja Católica, fundada por São Josemaria Escrivá.Sua missão consiste em difundir a mensagem de que o trabalho e as circunstâncias do dia-a-dia são ocasião de encontro com Deus, de serviço aos outros e de melhora da sociedade. O Opus Dei colabora com as igrejas locais, oferecendo meios de formação cristã (palestras, retiros, atenção sacerdotal), dirigidos a pessoas que desejam renovar sua vida espiritual e seu apostolado.

Direção espiritual, retiros, palestras doutrinais e aulas de catecismo são algumas das atividades que o Opus Dei organiza para ajudar a quem deseja melhorar sua vida espiritual e seu afã evangelizador. São realizadas nos centros do Opus Dei, nas igrejas ou paróquias ou no domicílio de algum participante, e estão abertas a qualquer pessoa.

O Opus Dei é constituído por um prelado, um presbitério ou clero próprio e leigos, mulheres e homens. No Opus Dei não existem diferentes categorias de membros. Existem, simplesmente, modos diversos de viver uma mesma vocação cristã de acordo com as circunstâncias pessoais de cada um: solteiros ou casados, sãos ou doentes, etc. A maioria dos fiéis do Opus Dei (atualmente, por volta de 70%) são membros supernumerários: trata-se geralmente de homens e mulheres casados, para quem a santificação dos deveres familiares são parte primordial da sua vida cristã.Os numerários vivem normalmente nos centros do Opus Dei, porque as circunstâncias lhes permitem permanecer plenamente disponíveis para cuidar dos labores apostólicos e da formação dos demais fiéis da prelazia. As numerárias auxiliares dedicam-se principalmente à atenção dos trabalhos domésticos das sedes dos centros da prelazia, que é a sua atividade profissional normal.

Para incorporar-se ao Opus Dei requer-se uma vocação sobrenatural: uma chamada de Deus para colocar a vida inteira ao seu serviço e para difundir a mensagem de que todos os homens podem alcançar a santidade através do trabalho e da vida cotidiana.

Do ponto de vista jurídico, o Opus Dei é uma Prelazia pessoal da Igreja católica. Estruturadas hierarquicamente, as prelazias realizam peculiares atividades pastorais. As prelazias pessoais são, portanto, instituições pertencentes à estrutura hierárquica da Igreja, isto é, são um dos modos de auto-organização que a Igreja adota tendo em vista a consecução dos fins que Cristo lhe fixou, com a característica de que os seus fiéis continuam a pertencer também às igrejas locais ou dioceses onde têm o seu domicílio.

A Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz é uma associação de clérigos, intrinsecamente unida à Prelazia, à que atualmente pertencem 4.000 sócios aproximadamente. É composta por sacerdotes da Prelazia e por outros presbíteros e diáconos diocesanos. O prelado do Opus Dei é o presidente da sociedade.

Entre os cooperadores do Opus Dei há católicos, cristãos de outras confissões e não-cristãos. Podem ser cooperadores também homens e mulheres não crentes ou que não professam nenhuma religião. Une-os o desejo de participar e colaborar nas variadas iniciativas promovidas em benefício da sociedade, que estão abertas a todos.

O Opus Dei foi fundado em 1928 na Espanha. Está presente em 66 países. Em 02  de outubro de 1928 durante um retiro que fazia em Madri, Josemaria Escrivá de Balaguer, por inspiração divina, funda o Opus Dei.
 
 
## MATERIAL PARA ESTUDO.
 
 
 
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Rituais Secretos

Rituais Secretos


 
Na Europa, no começo do século IV [anos 400, começo da Idade Média], quando o Cristianismo tinha já suas gerações de fiéis familiarizados com crenças, descrenças e preconceitos; gerações acostumadas a entender a diferença entre pagão e cristão, naquela época, os rumores sobre a resistência de certos costumes antigos passaram a ser comentados em meio ao povo como algo de escandaloso. Falava-se de reuniões furtivas de bruxas e feiticeiros: as Assembléias de Diana ou Herodia.

Quando a Igreja resolveu endurecer sua perseguição à religiosidade pagã na Europa ocidental, seus ministros, os padres, os cônegos, os bispos, trataram de elaborar e instituir o arquétipo da bruxa, do feiticeiro e suas práticas primevas, pseudo-religiosa, animistas-politeístas e, sobretudo, malignas ─ porque tudo aquilo era a aplicação de um conhecimento bárbaro ministrado pelo Diabo, o inimigo da Humanidade que o Cristianismo tinha a força necessária para combater.

Os deuses e semideuses da Era ou dos Tempos Antes de Cristo tornaram-se, então, oficialmente, o oposto da divindade; eram todos demônios, ministros do Capeta que reinavam unicamente sobre a carne fraca e todas os desejos associados à matéria. A bruxa, a curandeira, o feiticeiro, eles eram maus. Pessoas que tinham vendido suas almas ao Diabo, que deleitavam-se com os infortúnios alheios. Para tornar ainda mais ostensiva a maldade de seus atos, escolheram a madrugada dos sábados para realizar seus ritos mais ímpios. Ir ao Sabá significava tomar parte em uma orgia.


Para Saber se Alguém Era Um Feiticeiro, uma feiticeira era preciso observar com cuidado certos indícios. Por exemplo, as bruxas [e bruxos também] mantinham uma especial relação com os animais. O companheirismo entre a bruxa e o gato preto tornou-se uma associação folclórica em diferentes países de cultura ocidental. Possuir qualquer animal estimação era um perigo para uma mulher. Houve uma que domesticou um sapo; foi condenada a morrer na fogueira. Se as circunstâncias fossem desfavoráveis, para um [a] suspeito [a] ter ou ser acompanhado por um animal negro era praticamente um diploma e uma confissão de bruxaria. Durante o reinado de Luis XV, França, os gatos pretos eram queimados junto com suas supostas mestras, empalados em estacas.


Outros Sinais ─ As bruxas não encaram as pessoas; têm o olhar errante, sempre espiando tudo.; ou então, mantêm os olhos baixos, fixos no chão. Isso era um problema para as mulheres porque a Igreja dizia que a mulher deveria manter os olhos baixos para se preservar das visões vergonhosas e para mostrar sua própria e eterna vergonha, por ter sido responsável pela introdução do pecado no mundo. O controle do tempo, das chuvas, dos ventos, das secas, também eram acusações freqüentes contra mulheres consideradas bruxas. Muitas morreram nas chamas acusadas de causarem estiagens ou enchentes.


 
O Diabo Prefere Mulheres ─ O Diabo já foi acusado de ser homossexual, pedófilo, zoófilo, sodomita, pansexual; mas o fato é tradicionalmente, o Diabo prefere assediar mulheres. As mulheres têm inibições e, ao mesmo tempo, desejos e ambições. No ambiente dos campos e florestas, ela também é um ser extremamente solitário e aflito. Tudo isso faz das mulheres presas mais fáceis. A bruxaria é um pecado típico das mulheres. Um escritor avaliou que para cada cem amaldiçoados apenas um é homem. No tempo de Luis XV de Bourbon ─ o Bem Amado [1710-1774, França] essa proporção cresceu notavelmente: 10 mil bruxas para um bruxo. Outro cronista afirmou que, somente na França havia cem mil bruxas.



Licantropia & Metamorfoses ─ Nos primeiros tempos da marginalização da feitiçaria, era comum a crença no poder dos bruxos em tomarem formas de animais. Em meio à Cristandade, circulavam as versões populares dos ensinamentos de Santo Agostinho [354-430 d.C., ex-pagão, teólogo, filósofo, Doutor da Igreja]: [um anfitrião, um hospedeiro, mesmo um estalajadeiro pode ser um bruxo, ou bruxa. Quando isso acontece corre-se o risco de ser enfeitiçado. Esses hereges...] muitas vezes, colocam objetos amaldiçoados em um tipo de queijo que eles mesmos fazem; então, o hóspede ou viajante, comendo aquilo, no mesmo instante, metamorfoseia-se em bestas de trabalho como cavalos, asnos ou bois.

Sabe-se que certas patologias mentais [psiquiátricas] fazem com que as pessoas afetadas percebam a si mesmas como animais, como um pássaro, por exemplo; ou, ainda, há os que se convencem que são objetos inanimados, uma cadeira, um vaso. Porém, ao longo da história da Cristandade, ocorreram estranhas epidemias de terror em torno de cidadãos comuns que se acreditavam passíveis de transformarem-se em criaturas fantásticas, encantadas. Os episódios de Licantropia, são recorrentes. Em 1600, em Jura [França], um Lobo furioso, um Lobisomem, transformou-se em ameaça à segurança pública.

A maldição animalizava pessoas que passavam a caminhar como quadrúpedes até que suas mãos tornavam-se calosas e as unhas grossas como garras. Comportavam-se como lobos caçando em matilha, matavam e devoravam crianças. sessenta pessoas foram executadas como lobisomens confessos, muitos dos quais admitiram ter firmado pactos com o Diabo e admitiram muito mais: a participação em Sabás, nas montanhas, onde compartilharam de práticas canibais. Nesses festins, o Diabo tinha usado seus poderes para transmutar seus seguidores em lobos. As bruxas, [como já é tradicional] cavalgavam animais, geralmente um bode e, naturalmente, também voavam em vassouras ou, pior, escoltadas por demônios.

Perseguição: No século VIII [anos 700], o imperador cristão Carlos Magno [747-814, alemão], foi o primeiro a usar a tortura em casos de bruxaria. Esse imperador desafiava o poder do Papa e reclamava jurisdição sobre territórios da Igreja [católica apostólica romana]. Ele mesmo tornou-se um autocrata religioso. A tortura foi, então, rapidamente adotada na Europa e, mais, tarde, tornou-se um procedimento de praxe nos inquéritos conduzidos pelos ministros católicos. Em 799, o Concílio de Salzburg, regulamentou a utilização da tortura nos julgamentos por bruxaria.

Especialmente nos processos contra mulheres, a tortura era considerada necessária como método eficiente de forçar as suspeitas a falar a verdade. No começo, crianças pequenas e mulheres grávidas foram poupadas; mas a crueldade insana recrudesceu. Com o tempo idade, sexo ou condição de gestante já não eram impedimentos para a aplicação dos suplícios. Muitas mulheres foram levadas a fogueiras em meio às dores do parto.

Em Guernsey [uma das Ilhas do Canal da Mancha, protetorado britânico], uma mulher e suas duas filhas foram levadas à estaca; outra, casada, com uma criança, e em plena hora deu à luz em meio à execução a pena de morte na fogueira. O recém-nascido, resgatado das chamas por uma alma piedosa, foi arrebatado por um padre que atirou o bebê de volta ao fogo que comentou: "Um herege a menos".
 


O Terror, O Terror! ─  James Sprenger [1436/1438 – 1494, suíço ─ padre dominicano], considerado um dos autores do Malleus Maleficarum [Witch Hammer ou Martelo das Feiticeiras] foi um dos propagadores da crença na tendência malgna das mulheres. Para ele, classe social ou qualquer outra condição não minimizavam em nada as suspeitas sobre qualquer mulher: meninas, velhas, jovens adolescentes, nenhuma escapava se o Inquisidor resolvia, depois de consultar e seguir as prescrições do precioso Malleus, que a acusada era uma bruxa.

Sprenger chefiava um grupo de homens conhecido como Traveling Witches Inquisitors [Caçadores de Bruxas Itinerantes]. Eles peregrinavam, de país em país da cristandade em busca de vítimas que seriam torturadas e mortas. Quando chegavam em uma cidade, eram considerados uma praga pior que a fome e a peste.

O terror instalou-se como epidemia. Uma acusação de bruxaria comprometia toda a família. Aquilo destruía todas as virtudes comuns de fidelidade, compaixão, solidariedade. Se a suspeita ameaçava se estender a outros parentes, estes, procuravam, como desesperado recurso de auto-preservação, ajudar a Igreja a juntar provas sobre o acusado [a].
 

Queimar Mais Rápido  ─  O terror instalou-se como epidemia. Uma acusação de bruxaria comprometia toda a família. Aquilo destruía todas as virtudes comuns de fidelidade, compaixão, solidariedade. Se a suspeita ameaçava se estender a outros parentes, estes, procuravam, como desesperado recurso de auto-preservação, ajudar a Igreja a juntar provas sobre o acusado [a]. Além da vergonha e da desgraça que caíam sobre acusado [a] e família havia toda aquela horrenda perspectiva da violência que viria em seguida: o destino dos réus, a menos que um milagre os salvasse, todos sabiam era a morte lenta e dolorosa sob a agonia das piores torturas.

Uma mulher escocesa, acusada de bruxaria e sentenciada a ser queimada viva, resistiu a todas as pressões dos Inquisidores e manteve a alegação de inocência. Em meio à tortura, somava-se aos tormentos da mulher uma sede intensa [posto que os carrascos não lhe permitiam um copo de água]. Em meio à multidão [a coisa era pública] ela viu seu único filho e clamando seu nome, implorou, pelo amor que tinha por ele que saciasse sua última necessidade: água.

O homem balançou a cabeça em desalento e nada disse; ele sabia que a mãe era completamente inocente mas isso não o comoveu; o medo falava mais alto. Todavia, ela não parava de clamar e dizia: "Eu preciso de água, meu corpo está ressecado". Finalmente, como que para calar a súplica constrangedora, o filho respondeu: "Melhor assim, mãe. Ressecado. Deste modo vai queimar mais rápido".



## MATERIAL DE ESTUDO SOBRE RITUAIS

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BAPHOMET

BAPHOMET


 

Esta é a figura mais popular de Baphomet, trabalhada em cores sobre o desenho original em preto e branco, elaborado pelo Mestre Ocultista Eliphas Levi, que utiliza esta ilustração em sua obra, Dogma e Ritual da Alta Magia . Para os esotéricos, Baphomet ou o Bode de Mendes, é uma imagem erroneamente associada ao mito de Diabos e dos Belzebus. Na verdade, é uma composição hieroglífica eivada de simbolismos. Em magia hermética, "o bode representa o fogo e é, ao mesmo tempo, o símbolo da geração" . A explicação de Eliphas Levi é detalhada:O bode trás na fronte o signo do pentagrama, com a ponta para cima, o que é suficiente para fazer dele um símbolo de luz; faz com as mãos o sinal do ocultismo O facho da inteligência que brilha entre seus chifres é a luz mágica do equilíbrio universal A cabeça horrenda do animal exprime o horror do pecado O caduceu, que está no lugar do órgão gerador, representa a vida eterna; o ventre coberto de escamas é a água; o círculo que está em cima é a atmosfera; as penas que vêm depois são o emblema do volátil; depois, a humanidade é representada pelos seios e os braços andróginos desta esfinge das ciências ocultas. O terrível Baphomet não é senão um hieróglifo inocente e até piedoso. O Baphomet dos Templários, cujo nome deve ser soletrado cabalisticamente em sentido inverso, se compõe de três abreviações, Tem ohp ab, Templi omnium hominium pacis abbas, o pai do templo, paz universal dos homens ... No Taro de Marselha, gravura semelhante aparece na carta XV: "...um monstro de pé num altar, trazendo uma mitra e chifres, tendo seio de mulher e as partes sexuais de um homem, uma quimera, uma esfinge disforme, uma síntese de monstruosidade; e embaixo dessa figura, lemos esta inscrição franca e ingênua: O Diabo" . O Baphomet, de Eliphas Levi, trás ainda uma expressividade corporal curiosa e significativa: o braço direito, apontando para cima, ostenta na parte interior do antebraço a palavra "solve", enquanto o esquerdo, que aponta para baixo, tem escrito "coagula". Aqui convém deter esta explicação. O significado hermético dos dois termos e do gesto é um ensinamento reservado aos que se esforçarem para obtê-lo.
 
 
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O Ritual do Pássaro Cinza

O Ritual do Pássaro Cinza


A tristeza é parte indissolúvel dos sentimentos humanos.
O uso do presente ritual não é uma afronte a este impulso natural, mas uma ferramenta para lidar com ele. É recomendado sua execução no caso de melancolia prolongada cuja a causa esteja além de qualquer reação humana, como a depressão sentida pela perda de entes queridos ou danos irreparáveis em qualquer aspecto da vida.
Preparação - Crie um sigilo com a solução de seu problema. Por mais impossível que seja, como trazer um morto de votla a vida, ou a solução de todos os seus problemas financeiros, conjugais, etc... O objetivo do sigilo não é carregar a solução, mas ser a concentração de um consolo utópico. Desenhe o sigilo em lenços de papel. Prepare também uma pira ou bacia para futura dissolução do papel.
O Ritual -
1. O Adepto deve montar um o altar voltado para o Sul. Sobre o altar devem estar dispostas uma vela branca, uma vela negra e um incenso de mirra.
2. Realiza algum Ritual de Banimento e acenda as velas e o incenso de mirra.
3 . É feita a invocação ao pássaro cinza nos moldes dados abaixo enquanto se visualiza um imenso pássaro cinza escuro de olhos nigérrimos se aproximando e pousando diante o adepto:
"Pássaro Cinza,Grande senhor do Reino das Lágrima, aonde reside toda a tristeza e todo o pesar!
Tu cria, destrói e carrega toda a tristeza!
Tu és aquele que secretamente inspira artistas e nos revela os tons de cinza do sol.
Não há beleza que te supere, seu cantar muda a forma do mundo!
Vem Grande Pássaro Cinza!
Pouse em minha mente, mas não faça ninho.
Sofrimento é parte da vida, então que eu sofra aqui e agora, e de uma vez.!!'
4. O Pássaro Cinza Agora está presente e abaixa a cabeça em sua direção. Comece então a pensar e a recordar intensamente o motivo pelo qual estas triste. Que chore e sinta profunda a tristeza máxima sem nada esconder ou segurar.
5. Quando as lágrimas verterem direcione toda a tristeza para ao pássaro. Perceba a melancolia se transferindo de você para ele. Gaste tanto tempo quanto for o necessário.
6. Enxugue as lágrimas com os lenços preparados com o sigilo. A essa altura você deve estar vazio de sofrimento e livre de melancolia enquanto o Pássaro Cinza está trasbordante de tristeza, que é a sua natureza básica. Dissolva o sigilo em água ou queime-o no fogo.
7. Agradeça a Presença do Pássaro, e se despeça dizendo algo como:
"Pássaro Cinza, Agradeço por sua visita. Leva agora minha tristeza com você, para seu reinos distante no país das lágrimas."
8. Veja o Pássaro Cinza partir voando para longe, levando com ele seu sofrimento. Deve-se então sentar-se confortavelmente e sentir plenamente o alivio de se ter descarregado a melancolia, mergulhando profunda paz interior.
9 . Finaliza-se então algum ritual de banimento e sela-se a cerimônia bradando:
"Está Feito!"
+_+ RITUAIS DO GRIMÓRIO DA BRUXA JADE FÊNIX